PERSONAGENS DO RIO Clerisvaldo B. Chagas, 8 de agosto de 2025. Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.284   De fato, o P...

 

PERSONAGENS DO RIO

Clerisvaldo B. Chagas, 8 de agosto de 2025.

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.284






 

De fato, o Poço dos Homens, no rio Ipanema, era o grande lazer da nossa gente. Muitos personagens surgiram como banhistas diferenciados e já os registramos anteriormente, mas como o pensamento está pedindo vamos a eles. O comerciante de tecidos Júlio Silva, pai de Cecílio e Zuleide, era a única pessoa que tomava banho de sabonete no Poço dos Homens. Só vivia rindo e mostrando seu dente de ouro. O prof. Alberto Agra, de vez em quando aparecia ali, mas nunca tomava banho, era para ver a folia. A Nicinha, menina- moça filha de lavadeira, nadava como uma piaba e causava admiração.  Morava à margem do poço. Toinho das Máquinas e baterista, era quase exclusivo pescador de mandim, no anzol. Gorila, irmão de Nicinha, era o mestre das sapatadas na água e dos saltos mortais em terra. Sua feiura justificava o apelido.

O Joaquim Reis, pescando de tarrafa, único no poço que pescava o peixe vil, Carito. O alfaiate Seu Quinca chegando para pescar e espantando os outros pescadores; diziam que ele tinha o sangue ruim, chegou, ninguém pegava nada. Nêgo Zé Lima, bom nadador, dando sapatada e pegando areia do fundo do poço para dizer que era exímio mergulhador. Cícero de Mariquinha, o maior cantor romântico de Santana, levando violão e nostalgia a beira do Poço dos Homens. O poço dividia-se em três partes: Estreitinho (pequena garganta rochosa), O Largo (abaixo do Estreitinho, abertura mais larga, funda e perigosa) e Largo parte rasa, local de se aprender a nadar com cabaças e pescar piabas de litro.

O Poço dos Homens fica por trás do Centro Comercial de Santana. Recebeu o golpe final com a construção da ponte do Comércio que passou praticamente por cima do seu início. Hoje está sujeito aos aterramentos e desaterramentos das cheias. Quando há aterramentos, o mato e o lixo fazem o restante. Estar imortalizado  por inúmeras crônica e no livro IPANEMA, UM RIO MACHO. Seria constrangedor postar uma foto do seu aspecto atual. Assim, é preferível deixá-lo apenas nas letras da história santanense e sertaneja como o máximo ponto de lazer do século passado.

Saudade!... Soluços e lenços brancos.

POÇO DOS HOMENS ENTRE GRADES DA PONTE (IMAGEM: B. CHAGAS).

 

  O SERROTE Clerisvaldo B. Chagas, 6 de agosto de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.283   Técnicos para o desenv...

 

O SERROTE

Clerisvaldo B. Chagas, 6 de agosto de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.283

 



Técnicos para o desenvolvimento no Piauí, indagaram o que uma cidadezinha tinha para ajudar no seu progresso. Um dos moradores disse: “Nada. Só temos areia e pedra”.  Um dos técnicos respondeu: “Ótimo, vamos iniciar com areia e pedra”. O que faz a diferença entre homens e animais é a inteligência, a criatividade. Você pode até descobrir como arranjar dinheiro com seus chinelos velhos. Pois vejamos, bem assim é na Geografia da Natureza. Santana é uma cidade ladeirosa e repleta de patamares. Mas, ao invés de se ficar maldizendo porque ela não é uma cidade plana como Arapiraca, Pão de Açúcar e Ouro Branco, vamos louvar os seus pontos altos, os seus montes e como aproveitá-los em nosso favor. São pontos de riqueza aguardando a sua criatividade.

No semiárido os montes menores tipos morro, são chamados de serrotes (pequenas serras) e geralmente são estirados e de extremidades suaves e laterais mais abruptas, diferentes da zona da Mata e de outros pontos chuvosos. O serrote do Gonçalinho, um dos que circundam Santana do Ipanema, passou a ser enxergado quando o recente sistema de telefonia local foi instalado na cidade pela primeira vez. O serrote foi escolhido para instalação de antena chamada “antena de micro-ondas”. Essa ajuda geográfica, parece ter sido o primeiro grande passo para o progresso de Santana do Ipanema. Daí em diante os meios de comunicação da cidade continuaram evoluindo até os presentes dias e nunca mais deixaram o futuro. O QUE É QUE VOCÊS TÊM?” “NADA, SOMENTE, SERROTES E LADEIRAS”.

O serrote é quebra-vento, é refúgio de animais selvagens e domésticos, é refrigério no verão, é lugar próprio e sagrado para antenas, é conservador de espécies nativas de vegetação; muitas vezes, é pedreira para construções. Além disso, posa como mirante natural de contemplação e fonte integrante e essencial para o turismo. Nunca diga que seu lugar não tem nada para progredir em se tratando de Natureza! Assim cresce o conceito do serrote santanense que tem três nomes: “serrote do Gonçalinho”, “serrote do Cristo” e “serrote das micro-ondas”. O Cruzeiro, seu vizinho, fica apenas com duas denominações: “morro da Goiabeira” (século XIX) e “serrote do Cruzeiro” (após ter sido colocado ali o marco de passagem do século XIX para o século XX.

SERROTE DO GONÇALINHO EM TEMPO INVERNOSO. (FOTO: B. CHAGAS/LIVRO 230).

    CANCÃO Clerisvaldo B. Chagas, 5 de agosto de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.282   Existe uma expressão se...

 

 CANCÃO

Clerisvaldo B. Chagas, 5 de agosto de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.282

 



Existe uma expressão sertaneja que diz: “O Cancão vai piar”. Significa dizer que alguma coisa difícil vai acontecer. Expressão essa muito bem aproveitada no meu romance OURO DAS ABELHAS, numa cena hilária de casamento. Mas, voltando à realidade, o “Cancão já está piando no sertão”. Trata-se da frieza tradicional dos primeiros quinze dias do mês de agosto que supera o frio do mês de julho. Estou escrevendo no domingo dia 3, quando o céu está totalmente branco, chuva fina, alternando com pingadeiras e a frieza encurralando este escrevente. Sim, o inverno está ótimo, “tempo rico” como se diz por aqui, mas o ritmo das chuvas foi esse mesmo desde o início da época chuvosa. E quando à noite vemos o céu com aquela gaze demonstrativa, repetimos: “O Cancão vai piar nessa madrugada...”

As barreiras da margem direita do rio Ipanema, viraram verdadeiras florestas. A periferia, baixas, montes, colinas, tudo tão verde e tão bonito que nem parece Sertão. E quando se diz, estar chovendo em Maceió, vem a rebarba para o semiárido. É que o que sobra da capital vai para o agreste e grande parte fica retida nas serras e, o Sertão fica apenas com as sobras. Mas durante essa chuvada vejo chegar na fiação da rua um tipo de rolinha desconhecida para mim, nem é a branca, nem azul, nem fogo-pagou e nem a caldo-de-feijão. Tem a parte superior das asas, marrom/arroxeado. Ficou solitária no fio levando chuva, parecendo conformada. Não entendi. Mas, voltando ao assunto, as sobras das chuvas chegaram mansas e molhadeiras, regulando o tanto de água que as plantações precisam.

E no próximo Dia dos Pais, as pessoas conscientes do meio rural poderão exaltar o dia como um presente dos céus esse período chuvoso de outono/inverno que enriquece o Sertão. Um presente imenso, muito maior do que um celular, um par de sapatos, uma roupa da moda. E para completar, mesmo assim foi muita festa em Santana do Ipanema, com chuva, sem chuva, com gelo, sem gelo, o entusiasmo humano por festas, foi da maioria. E enquanto o “Cancão piava”, a rolinha roxa/marrom, continuava no gelo da chuva e, eu que não sou animal do polo, sem capote e sem “Japona”, só pensei em correr para debaixo dos panos. Estar brincando com agosto no Sertão, “cabra véi!”

(IMAGEM: B. CHAGAS).

  CALÇADOS SANTANENSES Clerisvaldo B. Chagas, 4 de agosto de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.281     HOMENAGEM...

 

CALÇADOS SANTANENSES

Clerisvaldo B. Chagas, 4 de agosto de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.281

 

 HOMENAGEM À MINHA IRMÂZINHA RUTH, CUJA PASSAGEM FOI SEMANA PASSADA.



 

Santana do Ipanema, possuía três fábricas de calçados, fora os inúmeros sapateiros espalhados pela cidade.  Na Rua e Bairro São Pedro, funcionava a fábrica do senhor Elias. Ficava vizinha à escola “O Bacurau”; terreno bom, plano de barro vermelho cercada por alvenaria e portão muito largo. No Comércio, defronte o “prédio do meio da rua”, havia a fábrica de calçados do senhor “Pimpim”, assim conhecido. Um corredor inicial e a fábrica no fim em lugar mais largo e uma parte mais alta do salão como se fosse um primeiro andar. Na Rua Barão do Rio Branco, defronte os armazéns de cereais, era a fábrica de calçados do senhor Evilásio Brito. O dinheiro corria frouxo e a cidade progredia com várias outras fábricas que abasteciam a região.

A fábrica de calçados do Senhor Elias, foi resgatada por nós no romance ainda inédito AREIA GROSSA, por estar na periferia do epicentro da história. O proprietário gostava muito de ouvir pelo rádio as transmissões de jogos de futebol. De vez em quando criava gafes divertidas. Durante as tardinhas, os funcionários desciam para a margem do rio Ipanema, para partidas de futebol de várzea. Roupa normal, bola de todo os tipos e destaque para o grande driblador Julinho, filho de Pedro Porqueiro da Rua Antônio Tavares. Os jogos, quase sempre se davam defronte o edifício da Perfuratriz, também resgatado por nós no romance AREIA GROSSA. Jogos na própria estrada de rodagem que levava a Pão de Açúcar e a outras cidades. Memórias esquecidas.

No dia 20 de novembro está previsto o lançamento do livro “PADRE CÍCERO, 100 MILAGRES NORDESTINOS (INÉDITOS) na igrejinha que antes era do padre Cícero, no Lajeiro Grande. Os livros serão distribuídos gratuitamente entre os depoentes testemunhos do livro. Só então, pensaremos como faremos com o romance AREIA GROSSA, onde resgata entre ficção e realidade uma parte social de Santana o Ipanema no período 1960-70. Tudo isso entre inúmeras outras obras publicadas, para abastecer escolas, pesquisadores novos, adultos e juventude geral sobre todas as histórias deste torrão que foram resgatadas. Inclusive, pela primeira vez, colocamos algumas ilustrações em um romance. O resgate ficou muito mais autêntico.

CENTRO DE SANTANA TAMBÉM COMPORTAVA UMA FÁBRICA DE CALÇADOS. (IMAGEM: B. CHAGAS).

 

 

  VLT Clerisvaldo B. Chagas 31 de agosto de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.280   Muito bem pensado, o VLT em ...

 

VLT

Clerisvaldo B. Chagas 31 de agosto de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.280



 

Muito bem pensado, o VLT em Arapiraca, cidade que mais cresce. Tem que haver várias opções de mobilidade urbana para uma grande população. Em Santana do Ipanema, o deslocamento coletivo é a pé ou em moto que na cidade tem mais do que gente. Os tradicionais taxistas, sumiram, ônibus não existe e Van, do mesmo jeito. Para quem trabalha no Comércio, tem que voltar para casa para almoçar e voltar de novo, é sofrer com a distância, bairros distantes e ladeirosos para caminhar feito maratonista ou gastar os sofridos reais em garupas de motos. Não existe incentivo de ninguém pela implantação de um sistema coletivo de transporte de qualidade. Moto, moto, somente moto a 8.00 cada viagem. O bolso dos menos favorecidos já não aguenta e ninguém tem esperança de surgir por essas bandas pelo menos o mínimo do coletivo urbano que não seja moto.

Não, ninguém estar pedindo VLT, Santana não comporta. Santana sem sorte desde o projeto do trem que chegaria a Palmeira dos Índios em 1934 e que deveria continuar até Santana do Ipanema, foi desviado pelos espertos e o trem, ao invés de seguir rumo ao Sertão, deu um cavalo-de-pau e rumou para Arapiraca e Porto Real de Colégio. Sem mais ônibus para a capital, bem que um VLT ficaria muito bem Santana – Maceió. Mas quem vai defender essa causa? Duvido muito que apareça alguém. Está mesmo faltando lideranças políticas para o Sertão. Prefeitos, deputados estaduais, vereadores e arrojadas lideranças comunitária, que vão ficando cada vez mais raras e cuidando apenas do próprio umbigo. Que faremos nós, pobres mortais?

Já vimos que para a mobilidade urbana é sem futuro. Mas como no Brasil novamente estar surgindo a moda dos trens, pode até ser que num futuro muito distante, um sujeito qualquer pegue essa ideia para implantar uma via-férrea Sertão – capital, em Alagoas. E nem precisaria ser o trem bala! Por enquanto, o único trem do Sertão, após o único que existia, Jatobá – Piranhas, é a lembrança do escritor Oscar Silva, quando falava de um doido que havia em Santana do Ipanema, chamado “Caipira”. Um doido que tinha um pulmão forte e que ganhava alguns trocados para imitar o apito da maria-fumaça: “Caipira, eu lhe tantos mil reis para você imitar o trem”. E Caipira, segundo o escritor, batia asas como um galo, enchia o peito de ar e apitava igualzinho ao trem. É o que de tudo restou.

O amigo sabe imitar o trem?

VLT

  CORREIOS Clerisvaldo B. Chagas, 29 de julho de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.279   Os Correios nunca foram...

 

CORREIOS

Clerisvaldo B. Chagas, 29 de julho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.279



 

Os Correios nunca foram tão relevantes quanto agora, mas nunca deixaram a sua importância estratégica esmorecer. Em Santana do Ipanema, Sertão alagoano, está em atividade desde o século XIX. O tempo do “correio a cavalo”, com alicerce bem-feito para os avanços de hoje. Vem dos tempos de Santana/vila. Adquiriu um terreno para construção de sede própria na gestão municipal do senhor Firmino Falcão Filho e foi inaugurado em 1947, com arquitetura padrão como atualmente permanece. Quem conheceu os Correios antigos? Quase sempre composto de funcionários de meia idade dos temos da carta escrita à mão e do telegrama da mesma maneira. Correios que possuíam rádio amador e se comunicava com outras cidades através do Código Morse, também.

O salão de atendimento sempre foi o suficiente.  Postar uma carta tinha preço fixo, enviar telegrama se pagava pelo tanto de palavras a Havia no balcão para colar o envelope da carta, um recipiente de vidro grosso com cola arábica derretida e um pincel.  O salão de atendimento estava quase sempre com o mínimo de pessoas ou vazios, muito diferente de hoje com filas e muita morosidade. A pessoa encarregada de comandar a repartição, caso fosse de fora, hospedava-se no primeiro andar do edifício, com a família, lugar que nunca tive oportunidade de conhecer.  Os Correios, em Santana do Ipanema, sempre foi uma repartição pública federal respeitada. Não me lembro de nenhum tipo de referência desabonadora.  Quando das nossas andanças por outras cidades, ficávamos impressionados com a arquitetura/padrão dos Correios, inclusive na capital, Rua do Sol.

Lembro ainda de um pluviômetro que havia no quintal da repartição e que todos os dias recolhia os dados e enviava para algum lugar, se não me engano, para o IBGE, sobre a quantidade diária de chuvas. Estacionamento não havia, assim como outras repartições, continuou e continua sendo na rua. Quando mataram Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros, em Sergipe, a primeira notícia chegada a Santana do Ipanema, para a sede do Batalhão de Polícia, foi através de Código Morse e telegrama. Continuam os Correios do Brasil prestando inestimáveis serviços de qualidade ao povo brasileiro. Motivo de orgulho nacional.

CORREIOS (ARQUIVO DO AUTOR/ LIVRO 230).

                                          O POVO DE DEUS Clerisvaldo B. Chagas, 28 de julho de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano...

 

                                        O POVO DE DEUS

Clerisvaldo B. Chagas, 28 de julho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.278

 



No Bairro São Pedro, tem a Rua São Paulo; na margem direita do rio Ipanema, tem a rua e Bairro Santa Quitéria e Santo Antônio; na Região Oeste tem o Bairro São José; no Bairro Camoxinga tem a Rua Santa Sofia, numa demonstração de muita religiosidade da população santanense. Já no livro O BOI, A BOTA, E A BATINA, HISTÓRIA COMPLETA DE SANTANA DO IPANEMA, estar registrada uma pesquisa feita em todos os bairros da cidade, na minha época como professor de Geografia e feita por alunos que responde entre dez opções o que o santanense mais gosta. Estar incluído Carnaval, Natal e mais. O vencedor foi MISSA, a coisa que o santanense mais gostava. Hoje ainda parece ser a mesma coisa. Uma opinião em   pleno festejo da PADROEIRA, SENHORA SANTA ANA.

Baseado no que foi apresentado, novamente vem a indagação insistente e sem resposta: “Quem colocou a estátua do Cristo no serrote do Gonçalinho? Ninguém sabe. Desde criança que ouço o nome original de serrote do Gonçalinho, ser chamado de serrote do Cristo.  Tentando desvendar quem ali o colocou, já fizeram comparações entre o Cristo do serrote e o Cristo que existe em um túmulo no cemitério local Santa Sofia. Túmulo da família Rocha. Daí se dizer que poderia ter sido o Cristo colocado no serrote, pelo ex-intendente de 1930, Frederico Rocha. Mas vem outra pergunta: “Como, se Frederico não era católico? É certo que ambas as estátuas são parecidas com a diferença que a do Cemitério é tão branca e brilhante que parece de metal.  Já foi crítica do escritor Oscar Silva em visita ao cemitério, quando falou que um braço parecia ser mais curto do que o outro.

Quando no serrote, foram colocadas atenas de telefonia, surgiu o terceiro nome do monte: “Serrote ou serra da Micro-ondas”. Nunca procuramos saber qual é o material componente de ambas as estátuas. Na gestão Nenoí Pinto, a estátua do Cristo foi iluminada e passou a ser um belo ponto noturno visto de longe, malgrado o rude acabamento da figura. O que é certo mesmo, é que do topo do serrote se avista uma bela paisagem, principalmente da região leste de Santana. Atualmente existe um bairro que se formou rapidamente no pé-da-serra, com extrema pobreza, chamado Santo Antônio. Agora nos parece que evoluiu muito e se acha bem moderno. Mas o bairro está às costas do Cristo.

PROCISSÃO DOS CARREIROS NA ABERTURA DA FESTA DE SENHORA SANTANA. (FOTO: ÂNGELO RODRIGUES/ARQUIVO DO AUTOR).