CORREIOS Clerisvaldo B. Chagas, 29 de julho de 2025 Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica: 3.279   Os Correios nunca foram...

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CORREIOS

Clerisvaldo B. Chagas, 29 de julho de 2025

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Crônica: 3.279



 

Os Correios nunca foram tão relevantes quanto agora, mas nunca deixaram a sua importância estratégica esmorecer. Em Santana do Ipanema, Sertão alagoano, está em atividade desde o século XIX. O tempo do “correio a cavalo”, com alicerce bem-feito para os avanços de hoje. Vem dos tempos de Santana/vila. Adquiriu um terreno para construção de sede própria na gestão municipal do senhor Firmino Falcão Filho e foi inaugurado em 1947, com arquitetura padrão como atualmente permanece. Quem conheceu os Correios antigos? Quase sempre composto de funcionários de meia idade dos temos da carta escrita à mão e do telegrama da mesma maneira. Correios que possuíam rádio amador e se comunicava com outras cidades através do Código Morse, também.

O salão de atendimento sempre foi o suficiente.  Postar uma carta tinha preço fixo, enviar telegrama se pagava pelo tanto de palavras a Havia no balcão para colar o envelope da carta, um recipiente de vidro grosso com cola arábica derretida e um pincel.  O salão de atendimento estava quase sempre com o mínimo de pessoas ou vazios, muito diferente de hoje com filas e muita morosidade. A pessoa encarregada de comandar a repartição, caso fosse de fora, hospedava-se no primeiro andar do edifício, com a família, lugar que nunca tive oportunidade de conhecer.  Os Correios, em Santana do Ipanema, sempre foi uma repartição pública federal respeitada. Não me lembro de nenhum tipo de referência desabonadora.  Quando das nossas andanças por outras cidades, ficávamos impressionados com a arquitetura/padrão dos Correios, inclusive na capital, Rua do Sol.

Lembro ainda de um pluviômetro que havia no quintal da repartição e que todos os dias recolhia os dados e enviava para algum lugar, se não me engano, para o IBGE, sobre a quantidade diária de chuvas. Estacionamento não havia, assim como outras repartições, continuou e continua sendo na rua. Quando mataram Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros, em Sergipe, a primeira notícia chegada a Santana do Ipanema, para a sede do Batalhão de Polícia, foi através de Código Morse e telegrama. Continuam os Correios do Brasil prestando inestimáveis serviços de qualidade ao povo brasileiro. Motivo de orgulho nacional.

CORREIOS (ARQUIVO DO AUTOR/ LIVRO 230).



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